quarta-feira, 8 de agosto de 2012

VERÓNICA FALCONÍ!

Verónica Falconí faz parte, ao lado de mais 4 atores, do grupo equatoriano Contraelviento, dirigido por Patricio Vallejo Aristizábal. Veronica faz parte do Contraelviento desde 2001 e é diretora e professora da Escola de Formação de Atores do grupo. Em 2011, o Contraelviento completou 20 anos.

"O teatro tornou-se para nós uma pequena pátria de rebelião e liberdade, onde realizamos nossa existência como cidadãos com plenos direitos. (...) O que vimos fazendo, diariamente, todo este largo tempo, tem sido contestar a cultura, rebelar-nos contra sua pretensão de manter uma ordem no sentido que organiza. Entendemos que nosso lugar está à margem. (...) Como uma pequena poça na margem do torrencial rio da história da cultura, que dissolve e arrasa, começamos a escrever a nossa própria história. (...) O teatro é, a partir disso, uma ação na vida da precária verdade íntima do ser. É e segue sendo para nós. Queríamos mudar o mundo, o teatro, porém continuamos aprendendo a mudar nós mesmos. Aí está o mistério do grupo, seu paradoxo e seu enigma: mudar para se manter", diz o diretor Patricio no manifesto do grupo.

(Cena da demonstração Cuando llueve en el Páramo. Foto: Divulgação) 

Verónica virá ao SOLOS FÉRTEIS com sua demonstração de trabalho Cuando llueve en el Páramo. A demonstração é uma olhada pessoal desde o mundo andino montanhês e barroco que habita uma atriz, seu processo de trabalho técnico corporal e vocal e seu desejo de modelar no palco um território de liberdade. É também uma maneira de compartilhar 12 princípios da arte do ator e um exercício pré-expressivo que chamam de DESPERTAR.

(Verónica em Cuando llueve en el Páramo no Magdalena Sin Fronteras, em Cuba, em janeiro de 2011. Foto: Carolina Vilches) 

Além da demonstração, Verónica ministrará a oficina A presença e a Lua, em que busca compartilhar esse "despertar" e transmitir os 12 princípios da arte da atriz que as permita criar o seu próprio despertar; habitar mundos contrário; pensar na atriz e no ator barrocos, como uma aproximação pessoal à experiência expressiva do corpo; tecer com os finos fios invisíveis do corpo um corpo capaz de carregar a Lua.

(Cena do espetáculo Al final del la noche. Foto: Rolando Alvares)

O espetáculo Al final de la noche é uma obra de um diálogo interior, a recordação de uma noite ou de muitas noites que são a mesma. Eva é filha de sucessivos desastres que vão naufragando uma sociedade que perde a esperança. É testemunha de guerras infames que a abraçam silenciando sua voz. É uma jovem no tempo em que é perigoso ser jovem, e é mulher. Assassinaram seus avós e filhos, tiraram sua memória e tornaram seus sonhos frívolos. 

Para mais informações sobre Verónica Falconí e o Contraelviento Teatro, clique aqui.

Até a próxima!

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