terça-feira, 31 de julho de 2012

ANA WOOLF!

Ana Woolf foi uma das convidadas internacionais da primeira edição do SOLOS FÉRTEIS e desde então é grande parceira do festival e minha pessoal. Em 2010 esteve aqui com seu espetáculo Semillas de Memoria, com a estréia da demonstração de trabalho Detrás del Telón e com a oficina Koshi or not Koshi

(Detrás del Telón, apresentado no Magdalena 2da Generación, em novembro de 2011, em Dolores, Argentina. Foto: Magdalena 2da Generación)

Ana é pedagoga, atriz e diretora. Foi assistente de direção de Eugenio Barba nos espetáculos Ur-Hamlet, El casamiento de Medea e A Vida Crônica, além de colaboradora internacional do Odin Teatret. Integra como pedagoga o staff internacional da ISTA - International School of Theatre Anthopology (Escola Internacional de Antropologia Teatral). 

Contribui ainda com Teatret OM (DIN); Universidade de Nice Sophia Antipolis, com o grupo Uzume (FRA); com o Teatro di Nascosto (ITA); com o Festival Grenland Friteater (NOR); e com o Voix Polyphoniques, de Brigitte Cirla (FRA).

(Blanca es la noche, de Julia Varley. Foto: Divulgação)

Como atriz, é discípula de Julia Varley (Odin Teatret), que dirigiu seus solos Semillas de Memoria e Blanca es la noche. Foi tradutora e/ou revisora das edições argentinas: de Pedras d'água, de Julia Varley; Queimar a casa, de Eugenio Barba; El caballo ciego, de Eugenio Barba e Iben Nagel Rasmussen (Odin Teatret); Huellas en la nieve, de Roberta Carrieri (Odin Teatret); e Os alquimistas do palco: laboratórios de teatro na Europa, de Mirella Schino.

(Ana Woolf durante Magdalena 2da Generación, na Argentina. Foto: Magdalena 2da Generación)

Ela é fundadora, junto com Florecía Coppola, e diretora artística do Magdalena 2da Generación, evento da rede Magdalena na Argentina. Seu trabalho de investigação e produção está centrado no conceito do teatro como um feito de interdisciplinariedade e comunitário, enraizado na essência da identidade nacional e latino-americana. Por meio dos festivais, encontros, oficinas e intercâmbio culturais entre artistas de diferentes regiões da Argentina, o Magdalena 2da Generación busca recuperar a vitalidade da cultura própria, resgatando a riqueza da diversidade.

Este ano, Ana irá estrear no SOLOS FÉRTEIS seu novo espetáculo Shador de las noches, dirigido por sua compatriota e mestra em Suzuki, Monica Viñao. Shador de las noches é a história de uma mulher ocidental que faz muitas concessões e, por isso, vai se perdendo pouco a pouco por amor no mundo oriental. E vai aprendendo o que realmente está por trás do que pensa e chama de amor.

(Ana em sua oficina Koshi or not Koshi, durante a primeira edição do SOLOS FÉRTEIS, em 2010. Foto: Edu Barroso/SOLOS FÉRTEIS)

Sua oficina Você disse Tango ou Salsa? Vamos jogar, vamos dançar. é sobre a dança da mente e do corpo seguindo os ritmos do tango e música latino-americana; é sobre ser capaz de estar onde temos que estar quando temos que estar, ouvindo o outro e sendo capazes de nos comunicar sem palavras. A oficina inclui exercícios baseados em técnicas orientais a fim de introduzir o conceito de presença, atenção e ação, usando textos e canções para buscar maneiras de apaziguar os rumores da mente.

Para mais informações sobre Ana Woolf, clique aqui.

Até a próxima!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

BRIGITTE CIRLA!

Brigitte Cirla, depois de educada em piano clássico, iniciou sua carreira como cantora e atriz. A paixão de Brigitte tanto por composições a capella quanto por composições contemporâneas a levou a criar os grupos Voix Polyphoniques (Vozes Polifônicas, em português), em 1991, e Les Dissonantes (As Dissonantes), em 1996. Com eles, Brigitte explorou Bartok, Kodaly e Ligeti.

(Brigitte Cirla em entrevista para o Odin Teatret, em 2006. Foto: Claudio Coloberti/Odin Teatret Archives)

Como professora e diretora de coro, Brigitte ministrou inúmeras oficinas para amadores e profissionais na França, Alemanha, Dinamarca e na Europa, além de Estados Unidos e Cuba. Ela é co-fundadora do The Magdalena Project. Em 2006, ela participou da produção de Ur-Hamlet, para o Odin Teatret.

(Tania Zolty, Marianne Suner e Brigitte Cirla, do Voix Polyphoniques. Foto: Divulgação/Voix Polyphoniques)

Brigitte mantém um trabalho pedagógico em conexão com ambientes que variam desde prisões até hospitais. Em 1987, ela conheceu Vincent Audat no Théâtre du Lierre, em Paris, e desde então eles se dedicam à pesquisa no campo do teatro musical com o objetivo de trazer uma proposta renovada baseada na linguagem do corpo e da música ao invés da linguagem das palavras.

No SOLOS FÉRTEIS, Brigitte ministrará a oficina Canto Polifônico, em que buscará criar espaços para que as participantes possam inventar um repertório comum. Não terá a pretensão de ser autêntico ou de reproduzir precisamente as músicas tradicionais, mas reinventá-las por meio da sensibilidade de cada uma. Além da pesquisa por um "som" em comum e uma qualidade musical, a oficina deseja compartilhar o prazer de ser e cantar em conjunto. Segundo Brigitte, "nossa cultura perdeu uma relação forte e direta com o cantar e, particularmente, com o cantar-juntos".

(Brigitte no Black Sea Songs, em Tantidhatri, durante o Magdalena India. Foto: Jean-Pierre Muller/Magdalena India)

Além da oficina, Brigitte apresentará o espetáculo The Black Sea Road, juntamente com o músico macedônio Dejan Spasovic. The Black Sea Road é espetáculo criado especialmente para o SOLOS FÉRTEIS, em que Brigitte interpretará músicas de um outro espetáculo chamado The Black Sea Songs, que reúne canções de estilos diferentes das várias partes do mundo. O espetáculo é uma homenagem ao seu mestre Edisher Garakanidse, morto em 1998 em um acidente de carro. Ele costumava dizer: "Cantar é só uma desculpa para encontrarmos uns aos outros".

Para mais informações sobre Brigitte Cirla e o Voix Polyphoniques, clique aqui.

Até a próxima!

sábado, 14 de julho de 2012

CRISTINA CASTRILLO!

Desde a fundação do Libre Teatro Libre - um dos principais grupos de teatro da Argentina e da America Latina nos anos 70 - até a fundação do Teatro delle Radici (Teatro das Raizes, em portugues) -  em 1980, na Suiça -, Cristina Castrillo acumula 40 anos como profissional do teatro.

(Cristina Castrillo em Umbral. Foto: Divulgação/Teatro delle Radici)

Ao longo desses anos, a artista argentina radicada na Europa se dedicou exclusivamente à investigação dos elementos que estão na base de formação do ator, valorizando o papel do ator como o centro primordial do fazer teatral. Esse trabalho ainda continua em Lugano, Suiça, com a Escola Laboratório Internacional de Teatro, para atores estrangeiros. Através da Escola e das oficinas ministradas em diferentes países, desenvolveu um método de ensino próprio.

(Alunos em oficina na Escola Laboratório, na Suiça. Foto: Divulgação)

A Escola Laboratório dirigida por Castrillo e sua sócia do Teatro delle Radici, Bruna Gusberti, investiga verticalmente temas como o uso do corpo, a criação de personagens, a poesia da expressão, as raízes pessoais da criatividade, a voz e o som, a memória histórica e a máscara.

(Espetáculo Shakesperiana, dirigido por Cristina Castrillo, realizado pelo Teatro delle Radici. Foto: Teatro delle Radici/Illuminati/Marzio Picchetti)

Em Brasília, Cristina dará a oficina A Linguagem da Memória. A memória é um dos elementos fundamentais do trabalho teatral de Cristina Castrillo. Não apenas aquilo que uma pessoa lembra, mas principalmente, aquela particular, às vezes imperceptível rede de "dicas" pela qual uma emoção vem à tona ou uma reação dirige seus movimentos. A memória não é percebida como a reprodução de fatos, mas como uma misteriosa geografia pessoa com a qual nos manifestamos, materializamos, retratamos e transmitimos. A combinação de dois valores decisivos como a prática da memória física e o desenvolvimento da memória emocional, junto com a determinação do ator como eixo principal do ato criativo, são os parâmetros em que o trabalho de Cristina se baseia e se desenvolve.

(Espetáculo Umbral. Foto: Divulgação/Teatro delle Radici)

O espetáculo Umbral é a primeira parte de um projeto mais amplo chamado Notas de Viagem, proposta que encerra a necessidade de refletir sobre um evento criativo que, como todas as viagens importantes, contém não apenas o mapa de um trajeto, mas também as imagens, os encontros, as incertezas e os becos sem saída de um longo caminho. Um espetáculo que fala simplesmente do teatro convertido em um potente e essencial instrumento de comunicação.

(Espetáculo Umbral. Foto: Divulgação/Teatro delle Radici)

Para mais informações sobre Cristina Castrillo, a Escola Laboratório Internacional de Teatro e o Teatro delle Radici, clique aqui.

Até a próxima!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

DEBORAH HUNT!

Nossa outra convidada de honra do SOLOS FÉRTEIS é a neozelandesa Deborah Hunt, que vem pela primeira vez no Brasil por meio do festival.

Deborah é especialista na fabricação e utilização de máscaras e fantoches. É bonequeira e artista de performances com 35 anos de experiência na criação e apresentação de trabalhos originais. É diretora do MASKHUNT MOTIONS, laboratório permanente de objetos performáticos.


(Deborah Hunt. Foto: Divulgação)

Educadora desde 1986, Deborah já lecionou em toda a América Central e América do Sul (exceto Brasil), nos EUA, na Europa (Inglaterra, Dinamarca, Noruega e Itália), no Japão e em Taiwan, na Sérvia e na Jordânia. 

No SOLOS FÉRTEIS, ela fará sua oficina Brincando com os Mortos, em que as participantes  fabricarão uma marionete inspirada no modo de operação das marionetes de Bunraku, onde o boneco é controlado por uma ou três manipuladoras, utilizando destreza colaborativa para criar os gestos da marionete e movimentá-la no espaço cênico. A marionete tem múltiplas articulações e cabeça, torso e extremidades que são manipuladas por hastes curtas. Essa oficina é inédita no Brasil.


(Atores durante oficina Jugando con los Muertos, em Cuba. Foto: Divulgação)

Ela estará em cartaz no festival com o espetáculo El Paquete, apresentado pela primeira vez em Quito (ECU), em 2010. El Paquete é como uma viagem autobiográfica, uma demonstração performática do seu trabalho com as máscaras e os bonecos. Vemos a evolução de três personagens. Suas histórias são entrelaçadas pela narração de um quarto personagem - a menina - uma auto proclamada "dominadora da morte".

(Espetáculo El Paquete, realizado em 2011, no Legacy & Challenge, UK. Foto: Divulgação)

(Deborah entre suas criações do espetáculo El Paquete. Foto: Divulgação)

Para mais informações sobre Deborah e o Maskhunt, clique aqui.

Até a próxima!